Freela fixo: inimigo número um?
Quem nunca passou pelo famoso freela fixo que atire a primeira pedra.
A gente sabe que não é o mundo ideal e que tem muitas questões negativas envolvidas. Mas será que o temido freela fixo é o inimigo número um dos freelancers?
Mas o que é um freela fixo?
Um freela padrão se torna fixo quando há uma relação a médio ou longo prazo com o cliente, e o trabalho não se resume a um único projeto ou entrega. É um trabalho que poderia ser um contrato PJ, mas por algum motivo não há formalização de contrato.
Pode ser bom?
Longe de nós romantizar ou incentivar o freela fixo, mas dependendo da relação que se cria, pode sim ser uma experiência positiva. Alguns pontos positivos são:
→ Garantir e prever pagamentos para os próximos meses
→ Maior liberdade para negar trabalhos que não valem a pena pelo fato de já ter uma entrada de dinheiro garantida
→ Maior chance de criar uma dinâmica de trabalho em equipe e diminuir a solidão do freela
→ Maior previsibilidade e controle da rotina e fluxo de trabalho
Quando fica ruim
Mas a gente sabe que na maioria das vezes não é assim. O freela fixo passa a ser ruim quando os limites são ultrapassados pela falta de acordos claros e contratos, e gera problemas como:
→ O contratante exigir de você a mesma dedicação de um funcionário CLT
→ Mensagens e pedidos fora do horário comercial ou no final de semana
→ Demandas para além do combinado, sem pagar mais por isso
→ O contratante achar que você deve cumprir horas de trabalho, invés de tarefas e entregas
Como contornar
A melhor forma de evitar cair na cilada é conversar desde o começo os termos do acordo e fazer um contrato de prestação de serviço, como deveria acontecer em qualquer freela.
→ Tenha bem definido qual é seu escopo, ou quantas horas vai trabalhar por dia
→ Deixe claro que não atenderá a demandas fora do seu horário comercial, a não ser que seja caso de vida ou morte
→ Faço um contrato com duração de 30 dias e renove-o ao fim deste período recalculando valores e termos
→ Sinalize quando sentir que algum limite está sendo ultrapassado. Se nada mudar, cobre seguindo o que foi acordado no contrato
Que absurdo tudo isso!
Hoje não vamos discutir questões trabalhistas e sindicais, mas se quiser entender um pouco mais sobre o assunto, escute nosso podcast sobre o tema.
Conversamos com o Fabio Marton, editor, repórter e criador da Guilda dos Produtores de Conteúdo e o Gui Stadler, advogado e sócio fundador da Meger & Penteado. Vem ouvir!
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